Rombo de R$ 26 milhões nas contas da autarquia seria debatido

O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Ângelo Pavin (PTB), simplesmente não compareceu à Audiência Pública para debater o rombo de R$ 26 milhões nas contas da autarquia, realizada pela Câmara, nesta quinta-feira (24/03). As explicações dos representantes enviados por Pavin, em acareação com o Ministério das Cidades, foram mais uma vez consideradas insuficientes pelos vereadores. O PT, único partido de oposição ao prefeito Aidan Ravin (PTB), já cogita a implantação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso.

Para justificar o rombo, o Semasa havia afirmado que deixou de receber verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Mas Márcio Galvão, diretor do departamento de Águas e Esgoto da secretaria nacional de Saneamento, enviado de Brasília para a acareação, afirmou o contrário.

“Existe um decreto presidencial que impede que as verbas do PAC sofram contingenciamento. Ou seja, só há verba se houver obra. E em Santo André, a maioria das obras estão paradas. A burocracia (para conseguir verbas) existe para todos. Uns conseguem, outros não”, afirmou Galvão.

 Um dos representantes do Semasa que compareceu à Audiência, Fernando Debeus, diretor do departamento de manutenção e operação da autarquia, confirmou dificuldades técnicas para angariar verbas. “Temos algumas dificuldades com alguns projetos. Mas acredito que estamos atendendo em nível satisfatório as pendências”, explica Debeus.